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JOSÉ WILTON DE MAGALHÃES PORTO
José Wilton de Magalhães Porto, nasceu em 13 de outubro de 1951, na cidade de São João do Piauí - PI.
É filho de Raimundo Magalhães Porto e Sebastiana Oliveira Porto.
É casado com Eliana Serejo Alves Porto e tem um filho do primeiro casamento: Hélder da Conceição Porto, que está concluindo o curso de Engenharia Eletrônica, em Fortaleza.
Tem formação em Adminstração de empresas, Pedagogia, Terapias naturais — destacando-se a Medicina Oriental Chinesa, Jornalismo e Filosofia espirirtualista. Prestando serviço em todas essas áreas de formação.
É membro da Academia Parnaibana de Letras (atual Tesoureiro), do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Parnaíba (atual 2º. Vice-presidente) e Presidente da Fundação Cultural Assis Brasil.
Atua no Jornalismo desde adolescente e é figura de relevância dos principais meios de comunicação da cidade de Parnaíba.
Wilton Porto, como é mais conhecido, publicou os livros: Eu, a poesia e o século - 1977; Em nome dos cruciferários - 1980; Se pudéssemos gritar - 1983; 40 minutos entre o céu e o inferno - 1985; Uma vida vivificando vidas — 1983;
O Curtidor de Peles - 2008.
Participou das antologias Poesia do Campo - 1980; Poemarít(i)mos - 1988; Escritores piauienses de todos os tempos (de Adrião Neto) - 1993, A Poesia Parnaibana - 2001 (Adrião Neto/Alcenor Candeira/Elmar Carvalho);
verbete no Dicionário Enciclopédico do Gurgueia (Jesualdo Cavalcante) - 2008.
Em via de lançamento: Canção para Ana Li e Tom do Dó dá dor.
Livros inéditos: Bronze a buca da alegria, da paz, do la (contos de fada); Radiestesia (monografia sobre terapias);
Monsenhor Antonio Monteiro Sampaio - um servo a serviço das ideias... uma inteligência a serviço das palavras.
Wilton Porto conquistou prêmios com poesias, crônicas jornalísticas, peças teatrais, inclusive em âmbito nacional, em nível de colégio, e músicas.
Almanaque da Parnaiba. Antonio Gallas Pimentel; Claucio Ciarlini; Diego Mendes Sousa; José Wilton de Magalhães Porto; Maria Dilma Ponte de Brito (organizadores). 76 ed. - Parnaiba: SIEART, 2024. 201 p. ilus. ISBN 978-85-54245-89-4. No. 10 461
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda
DESCASO
A ferrugem do descaso
atravanca
a chave do progresso
demole a fechadura do sucesso
estaqueia mortal o Coração que se derrama.
Pisa no túmulo da cruz sem nome
e rir a gargalhada
dos vitoriosos.
Mas o sangue da Historia
espalha as letras garrafais da verdade em cristal
e a ferrugem
do ego pálido
se desmancha
e
vai nas asas
do
vento sem
destino.
ESTAR
Estive onde deveria estar, não estando onde queria
estar. Se não estando onde queria estar,
estive não estando, pois não estive onde
deveria e queria estar. Se estive sem estar.
Só, estar, se no estar, eu não tenha me sentido
estando.
TUTANO
Nordestino se alimenta de tutano,
como se osso fosse poesia.
Mistura com farinha,
Para quebrar os padrões da rima.
Porque mastigar tutano com farinha, é o mesmo que
triturar os versos
para sair todo o sumo.
Poesia que não é tutano com farinha,
a língua não sabe prazer de praxe de mastigar o que
é único.
Nordestino não passa fome:
lua e violão, são acordes que transpõem acordos,
para se perceber que,
tudo o que se fala, que ilumina,
é monumento de ritmada estética.
É um tutano que fortalece o entretenimento contra as
algemas do podre poder.
VERBO LIVRAR
Não pixe um bicho,
pixe o homem
que se faz bicho.
Não pixe o lixo,
livre o lixo dentro do homem.
OMBRO SORUMBÁTICO
Quando saí dos oito
não entrei nos nove
mergulhei nos nós que precisava desatá-los;
Quando me percebi na superfície
não encontrei a criança da bola-de-meia
havia um jovem carregando soluções de um
lar abandonado.
Sorumbático.
ÓSCULO
Na tarde tosca
oca
sem foco
em desalinho de humor
momento de destino sem eco.
Mas Deus não é um nada
no fundo de um molusco
nem a cor do lusco-fusco
nos prepara para um naco.
Quem carrega nos lábios o ósculo
tem, após a Cruz,
a paz dos músculos.
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Página publicada em novembro de 2025.
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